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quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Poesia "Cantores de Bengala"

Olá Amigos, trago uma poesia, que dedico à todos os deficientes visuais, que exibem seu cantar, seja de forma, profissional ou amadora, pois assim expressam seus sentimentos.
Quando fiz reabilitação na ACIC, em Florianópolis: percebi que muitas pessoas invisuais, inclusive eu, tem o hábito de soltar sua voz, às vezes presa dentro de um coração calejado.
Fui influenciado por uma pesquisa que fiz, sobre o rouxinol. Este pássaro vive solitariamente e gorjeia seu belo canto, em meio à escuridão da noite. Assim tracei um paralelo entre o rouxinol e os deficientes visuais.


Cantores de Bengala

Veste seu fraque de cor preta todos os dias
Entoando com sua voz, várias melodias

Trina na ribalta da escuridão
Seu canto é solitário, sem platéia, só seu coração

É o personagem mostrando o drama operístico
Correndo a vertente de seu dom artístico

É a virtuose de um abnegado lutando pela vida
Ignorando sua alma ferida

Migrou da terra da luz, para o mundo sem forma, onde os sonhos moldam a sua trajetória
onde Seu corpo gemendo, é parte de sua história

Tem na bengala um poderoso instrumento
Semelhante a uma batuta de um maestro que rege a orquestra de seu pensamento

É o “Gran Finale”, de um ciclo que sempre se renova
Toda vez, que este solista ímpar, exibe uma música nova

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

A Sereia da Baía de Guanabara


O ser meio mulher , meio anjo

Que Encontro toda a noite , nas areias da praia

Trás nos seus lábios, um raro veneno que fulmina meu coração
Nosso coito é selvagem, nesta perversa paixão

Signo de Virgem, com ascendente Escorpião, puro pecado sendo sua característica

A prostituta de um homen só

seus mamilos têm sabor, de tâmaras do Oriente

Suga todos os meus delírios com seu monte de Vênus

Arrepia-se toda, quando os nossos suores se misturam

Desfila sua nudez, em uma ginga bem carioca

Deixa dementes, os meus espermatozóides, para entrarem no seu corpo

É o êxtase do infinito amor