Assobio
A vida dando cambalhotas no ar, bem em cima dos redemoinhos da liberdade
Assopro do vento noroeste, no carrossel da emoção
União dos lábios, anunciando ao coração a chegada da alegria
Terra nua Se entregando ao espantalho, no meio-dia na lavoura da paixão
Correm os cavalos, na cancha reta do Cerro Branco
A tecla sol da gaitita apita, denunciando a passagem da flormulher, na passarela do clube
Depois de muito ziguezague a Maria fumaça para na estação ferroviária
Fim de tarde, o guri chama a boiada, para se abrigarem no potreiro de todo dia
Vai e vém o suspiro da platéia, com as mil peripécias do skatista na rampa da praça central
Apita o guarda no cruzamento da avenida, torna os automóveis, soldados em fila numa parada militar
Ecoa no estádio da baixada, o grito de gol da torcida animada
Sobe ao céu, o fogo de artifício como se fosse uma estrela cadente multicolorida