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segunda-feira, 8 de dezembro de 2014

Conto - Amore, Uma Fotonovela Italiana

Amore, Uma Fotonovela Italiana

Na Rua Itororó, no mês de Fevereiro de1990, início do ano letivo, já se passava quinze minutos das 19 horas, portanto as aulas haviam começado na faculdade Subindo rapidamente a escadaria central um rapaz, este era Augusto ou apenas Guto como lhe chamavam. Guto de pele morenaclara, media 1,80 de altura, exibia um belo porte atlético, 21 anos de idade. Trajava calça “bag”, sapato docksider ônix e uma camiseta “babylook” preta que realçava seus músculos. Apesar da ótima aparência ele era bastante tímido, por qualquer motivo ficava envergonhado. Como aquele era o primeiro dia de aula, entrou no saguão para ver no mural a sala onde estudaria.
No andar superior, na sala 22, estava Claudia sentada na carteira a frente da mesa do professor. Ela não era apenas uma garota bonita e sim se fizessem um concurso de beleza, seria eleita a mais bela acadêmica do campus. Com seus graciosos dezoito anos, cabelos lisos e longos, corpo exuberante dom seus 1,72,sandálias de salto alto, blue jeans e uma camisa bege e brincos de argola, tinha um ar de mulher decidida no seu semblante.
Chegando a porta da sala 22, Guto conferiu a papeleta onde estavam os nomes dos alunos e viu que esta estava semelhante a lista do mural. Abriu a porta e adentrou no recinto . Deu de cara com o aluno mais zombeteiro da classe que sem hesitar arrancou-lhe o boné, arremessam do longe, mostrando a careca do rapaz, pois no trote em sua cidade lhe rasparam seus cabelos; ouviram-se muitas risadas enquanto jogavam de um lado para outro o boné, mas Guto acreditou que o motivo do achincalhe era seu nu capilar.O boné ia para todos os lados da sala, até que foi lançado para frente, caindo próximo a Guto, que imediatamente foi buscar seu pertence: porém ao tentar pegá-lo outra mão fez o mesmo, era Claudia que lhe sorria a sua frente, as mãos acabaram se tocando, foram milésimos de segundo infinitos para os dois, parecia que tudo havia sumido, nada importava nessa hora, até os outros colegas ficaram em silêncio. Ela com voz meiga, pediu a ele, para por o boné em sua cabeça. Ele balbuciando,disse que sim, nesse instante contemplaram mutuamente.
O professor chegou nesse momento e pediu a todos que tomassem assento, para iniciarem a aula. Indo Guto sentar-se nas últimas carteiras, pois todas a frente estavam ocupadas. Em seguida foi feita uma pequena apresentação, que consistia em dizer seu nome, sua idade e a cidade onde morava. Quando chegou a vez de Claudia apresentar-se, fez o coração de Guto bater acelerado e achar seu nome de acordo com sua beleza muito charmoso, mas no pensamento dele, não teria a menor chance com ela, pois a garota tinha tantos atributos. Chegando seu momento de fazer sua apresentação ao grupo, foi tomado por um impulso de levantar-se para que fosse visto e falando com naturalidade , coisa que jamais tinha sido vista nele.Claudia virou para trás, pois nunca tinha sentido , algo tão forte por alguém, uma atração irresistível, confabulou mentalmente para si,que precisava daquele rapaz de voz carinhosa e máscula, com apelido tão simpático.
A aula transcorreu normalmente, às nove da noite soou o sinal sonoro para o intervalo. Um forte burburinho de vozes de alunos saindo pela porta , também Guto estava entre eles, quando passou ouviu um chamado:
- Guto.
Ele imediatamente olhou para ver quem era e lá estava Claudia, ao lado da sacada . Guto respondeu com um sorriso:
- Claudia
Sentiu um gosto formidável, quando seus lábios pronunciaram o nome da moça, só de saber que ela guardara seu nome já era algo bom. Aproximando-se dela para conversarem, sentindo que muita coisa um tinha para falar ao outro De início agradeceu ela por ter pegado seu boné. Rindo Claudia falou que seu boné combinava com ele, dava mais charme ainda. Acabaram rindo da cena cômica vivida. Seus corpos, trejeitos,suspiros, falavam mais do que mil palavras; parecia que os dois se conheciam de outros lugares e que agora haviam se reencontrado. Sem perceberem tinham ido para a beira da sacada, nesse momento ele segura-a pelas mãos, abraçando-a, seus olhos refletiam o brilho da lua cheia, se entregando totalmente , em um romântico beijo, que dizia aos seus corações:
- Eu te amo!
O vento por testemunha, assobiava a música, “Incantilabili da Laura Pausini,ecoando por todo o vale.,

“Cultura é o fermento da inteligência”