Cego Equilibrista
Por Almir Visconde
Meus olhos de cego, sempre estão de luto
Percorro os caminhos, no escuro absoluto
Atravesso todos os dias, um longo viaduto
Guiando-me por um barulho, que quase não escuto
Basta uma pedra, me deslocar
Impedindo a linha de chegada, de eu cruzar
subir no “pódium”, em primeiro lugar
Um copo de água limpa, possa saborear
Na platéia um imenso vazio
Um aplauso, vale mais do que mil
Se um filho é a flor de uma mãe ,Minha mãe , sempre me aplaudiu
do meu jeito de amar, com a meiguice infantil
Cruzo a cidade, com minha bengala de artista
Faço traquinagens de equilibrista
Mesmo que esteja , lá por Boa Vista
Ponho um sorriso nessa cara otimista
Tenho a esperança,de permanecer de pé, até o final da linha
Mesmo estando desta maneira
Subindo os degraus dessa escada , que é só minha
Pois o espetáculo, continnua pela vida inteira
Nenhum comentário:
Postar um comentário
"dEUS OLHA POR NÓS"