Olá Amigos, trago uma poesia, que dedico à todos os deficientes visuais, que exibem seu cantar, seja de forma, profissional ou amadora, pois assim expressam seus sentimentos.
Quando fiz reabilitação na ACIC, em Florianópolis: percebi que muitas pessoas invisuais, inclusive eu, tem o hábito de soltar sua voz, às vezes presa dentro de um coração calejado.
Fui influenciado por uma pesquisa que fiz, sobre o rouxinol. Este pássaro vive solitariamente e gorjeia seu belo canto, em meio à escuridão da noite. Assim tracei um paralelo entre o rouxinol e os deficientes visuais.
Cantores de Bengala
Veste seu fraque de cor preta todos os dias
Entoando com sua voz, várias melodias
Trina na ribalta da escuridão
Seu canto é solitário, sem platéia, só seu coração
É o personagem mostrando o drama operístico
Correndo a vertente de seu dom artístico
É a virtuose de um abnegado lutando pela vida
Ignorando sua alma ferida
Migrou da terra da luz, para o mundo sem forma, onde os sonhos moldam a sua trajetória
onde Seu corpo gemendo, é parte de sua história
Tem na bengala um poderoso instrumento
Semelhante a uma batuta de um maestro que rege a orquestra de seu pensamento
É o “Gran Finale”, de um ciclo que sempre se renova
Toda vez, que este solista ímpar, exibe uma música nova
Meu amigo, que linda, sua poesia. Cada vez mais me encanto com seu sentimento, sua sensibilidade de por no papel tanta beleza de alma. Beijos
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