Santa Cecília, a cidade.

Santa Cecília, A Cidade

Por: Almir Visconde.

Quanto mais te olho, mais se apaixono,
Bela e santa,
A virgem nua, deitada no leito nupcial,
no alto da serra, fica com sua beleza,
Parece uma noiva no altar,
Com um vestido branco, feito pela geada que cai sorrateiramente sobre ti,
Até a noite, suas luzes espalham brilho à quilômetros de distância,
Um céu cheio de estrelas que,
Ficam para mim piscando, chamando-me para cair nos teus braços,
Pequena e grandiosa ao mesmo tempo.
Faceira como a menina com uma bandeja cheia de doces,
Que Arde meu coração no último gole de chimarrão.
Seu vento embala uma valsa,
Para eu bailar por suas ruas e avenidas,
Na melodia tocada pelo gaiteiro divino,
danço Como se fosse uma pluma de dente de leão , saído dos campos que te rodeiam.
Aplaudo a tua gente batalhadora,
Que enfrentam as lutas,
Apenas tendo uma única arma, que é sua fé,
Como abelhas silvestres fabricando o mel vital.
Acordo todos os dias com os apito das fábricas,
Que São As cigarras que cantam o ano inteiro
Convocando o exército dos pinheiros, para o trabalho colossal.
Flagro o arco-íris tomando água no Rio Correntes, para saciar a sede das nuvens,
Seu canto faz meu encanto,
Dona do Eterno recomeço
regozijo todas as tuas alvoradas e auroras infinitas,
Pelo seu jeito, pela sua forma, pelo teu espetáculo,
Traz um mosaico de raças, culturas e paixões, que pintam a tua tela com todas as nuances de cores,
Esta é Uma Poesia de sentimentos de um filho seu,
Assim é a cidade,
Assim é Santa Cecília.