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quinta-feira, 5 de agosto de 2010

"Zé do Caixão"

Zé do caixão

Por Almir Visconde

Foi um tal de José Modesto ou Zé do Caixão,pois era um coveiro de um cemitério daquela cidade,o típico”Zé-ninguém,um pé-de-chinelo.Fundador daquela comunidade,sendo seu barraco,o primeiro,na área invadida,à trinta anos atrás,hoje é chama da de Vila Rica,por ironia do destino,se chama assim,suaúnica riqueza é,é ter muitos problemas de difícil solução;a vila ficava na periferia da cidade do RIO DE Janeiro.
Numa manhã de domingo,passando de dez horas,defronte um espelho três por quatro,trincado ao meio,Zé Modesto,fazia sua barba,na área do casebre que morava,com sua mulher e quatro filhos.Pensava ele,que naquele dia,seria , melhor dia de sua vida;tamborilava ele,pensando naquilo que faria,para este dia ser especial: no almoço,comeria uma deliciosa feijoada e bastante cerveja,depois iria dormir um sono,quando acorda-se,daria uma trepada,com a mulher,como nos velhos tempos,iria socar,sua nega,com toda força,que ainda possuía e tendo ficado satisfeito,tomaria um banho,para lavar sua alma e seu corpo todo suado;quando concluísse o lavatório,sentaria a frente da TV,e assistiria,seu time do coração,o Flamengo jogar,no estádio do Maracanã.Assim seria seu domingo,com todas as coisas que mais gostava;
O criolo Zé do Caixão, foi até a mercearia do morro,para comprar tudo aquilo que,faria o seu dia ser,muito divertido.Quando chegou lá,encontrou amigos com quem,conversou bastante,até contou piadas,sempre rindo em tudo,como tivesse acertado na megasena sozinho,pois estava muito sorridente.Pagou no caixa,as compras que fez,despedindo-se de todos.
Assobiando ele,cruzou a ruela de chão batido,sem se dar conta,que estava no meio de um tir oteio,entre quadrilhas de traficantes que brigavam por pontos de drogas,que existiam na Vila .ZÉ Modesto,não sabia o que fazer,para onde ir,tentou ir para seu barraco,mas acabou sucumbindo com muitos tiros,em todo seu corpo,ficou estatelado na terra,sobre o que tinha comprado,na mercearia,nesse momento houve um instante de silêncio,o primeiro morador da favela tinha beijado a terra,que um dia desvirginou,estava crucificado o Zé do caixão,decapitado seus sonhos,mutilado o homem.
Segunda-feira,dia de trabalho,lá bvai Zé Modesto,para o cemitério,quando Ouve-se ‘um grito agonizante:
-O JoséModesto dentro de seu caixão.

Um comentário:

  1. Almir! que legal! menino lindo que estais usando, mexendo com teu Blog. Adorei, sabes que serei uma fiel leitora né. Me surpreendi, pois não estava sabendo que tinhas conseguido arrumar e postar. Tú és The Best meu amigo. Beijos no seu coração.

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